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Favela em evidência

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Favela em evidência Por Jeaninne Silva O nosso convidado essa semana é Eloi Leones, diretor de comunicação do projeto Data_labe, um laboratório formado por jovens que produzem dados e narrativas sobre a favela da Maré. Segundo o jovem, nascido e criado no Complexo do Alemão, a paixão pelo que fazem e o incentivo vindo de tantas partes é o segredo para que a iniciativa tenha o sucesso e impacto que tem hoje. Multitarefas, Eloi é responsável pela parte criativa do Data_labe, também cuida da imagem do projeto, promovendo-o em diversos lugares, e planeja aulas e oficinas. O jovem conta que passou por diversas ONGs e projetos sociais, sendo um deles a Oi Kabum!, onde fez um curso de produção de vídeos, que o motivou a participar dessas iniciativas sociais mas sempre envolvido com a área do audiovisual e tecnologias. O diretor fala que o curso o fez se enxergar como potência e a estar no lugar que está hoje.  “Contar histórias sempre foi uma coisa que eu fiz, e aqui no da

Periferia grita!

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Periferia grita! Por Jeaninne Silva Kawan Lopes, jovem de 20 anos, nascido e criado em Santa Cruz e atualmente morador de Campo Grande, fundou ano passado, ao lado de Esther Dias, um coletivo jovem onde a arte e a cultura são tidos como as principais ferramentas de transformação da sociedade. O Cultura Zona Oeste visa dar oportunidade à jovens da periferia do Rio de Janeiro através de aulas de dança, teatro, música e de artes plásticas de forma gratuita, afim de fazer da arte uma forma de Resistência.  Ao começar a frequentar o Centro do Rio frequentemente, devido ao pré-vestibular, Kawan e sua amiga perceberam a quantidade de atividades culturais que existiam naquela região e sentiram falta disso na sua própria comunidade. A partir daí surgiu a ideia de capacitar a juventude da Zona Oeste para praticar a arte, de uma maneia crítica, transmitindo as realidades que esses jovens vivem. O jovem conta que seu interesse por causas políticas e sociais vem desde seu tempo de

Colorido também tem poder!

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Colorido também tem poder! Por Jeaninne Silva No Juventude ODS de hoje convidamos Alexandre de Freitas, um dos líderes do Coletivo LGBT + Matheusa Passarelli da faculdade de Direito da UERJ, que leva esse nome em homenagem à estudante, não binária e militante LGBT que foi morta no último ano . O jovem, nascido na periferia do estado do Rio de Janeiro, veio até a capital quando tinha 18 anos para cursar a universidade, depois de sofrer seus primeiros ataques de homofobia, que o levaram a abandonar a duas outras. “Em um dos casos, o pesquisador responsável me desligou do projeto, por eu ter me despedido de 'maneira afeminada', na outra, fui isolado na turma de engenharia mecânica depois que descobriram minha sexualidade.”, conta ele. Ao entrar para cursar Direito na UERJ, Alexandre tomou a decisão de se especializar em atendimento jurídico  pro-bono  para pessoas LGBTQI+. Ele atende todos os que estivessem em situação de vulnerabilidade econômica depois de forma

Observando é que se aprende...

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Observando é que se aprende... Por Marcos Monteiro Observar. Palavra de três sílabas, fácil de falar, mas com uma profundidade imensa se for bem aproveitada. Foi assim, observando durante 12 anos seu trajeto de Duque de Caxias (Baixada Fluminense) e/ou Irajá para estudar em áreas nobres do Rio de Janeiro que Ludmila Hastenreiter vislumbrou o Empoderamento Contábil.  “E enquanto atravessava a cidade eu percebia a necessidade que xs microempreendorxs daqui tinham em receber informação e treinamento de qualidade, numa linguagem descomplicada e num preço acessível a nossa realidade periférica. ”, comenta Ludmila.  Com o passar dos anos, Ludmila percebeu que prosperar em uma carreira corporativa seria abdicar de suas convicções e parte de sua essência como mulher, negra e oriunda da periferia. “Em alguns momentos me sugeriram que eu não fosse tão feminina, eu deveria me masculinizar pra impor respeito, tentasse não ser tão negra, agisse como se injustiças fossem nor

Finalmente o Nobel é nosso...

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Finalmente o Nobel é nosso... Por Marcos Monteiro O   nosso  destaque  de hoje  é  para Juliana Davoglio Estradioto,      primeira   brasileira  convidada   para  a Cerimônia  do  Prêmio Nobel  e  ganhadora do Prêmio Jovem Cientista 2018. A pergunta clássica para qualquer pessoa de destaque em determinada área é: “Você sempre gostou e sonhou com o que faz? ”. E com a Juliana essa pergunta não poderia faltar ou ser diferente. Mas, por incrível que pareça, a sua resposta surpreendeu; Juliana não sonhava em ser cientista. Seu sonho era brilhar nos palcos como cantora, mas o destino reservou outros palcos e apresentações para a sua vida. Natural de Osório, região litorânea do Rio Grande do Sul, Juliana tinha como hobby predileto observar insetos e animais durante a infância e início da adolescência. O tempo passou e o gosto pela ciência se confirmou no final do Ensino Fundamental e começo do Ensino Médio. Em 2015, quando ingressou no Instituto Federal de Educação e Ciê

Politizando que se aprende...

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Politizando que se aprende... Por Marcos Monteiro Aproveitando o clima de pós-carnaval, que tal falarmos um pouco de política? Mas fica tranquilx, vamos pegar leve. Afinal, o ano começou agora e todo mundo aqui quer aprender. Para início de conversa, precisamos entender que a democracia no Brasil ainda está em um estágio embrionário e que nem todas as pessoas têm o interesse e facilidade em aprender/compreender o cenário político, as leis nacionais e acordos internacionais. Em 2015, para tornar o saber da política mais democrático, nasceu o portal de educação política “Politize”. É importante saber que o site não possui vínculo partidário e que a sua função é ajudar a população na compreensão do sistema legislativo, por exemplo.   Politize é o maior portal de educação política do Brasil e tem mais de 1 milhão de acessos por mês. E para continuar crescendo, o portal em 2018 abriu inscrições para embaixadores levarem a política de uma forma menos burocrática princ

Reciclando ideias, construindo sonhos

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Reciclando ideias, construindo sonhos Por Marcos Monteiro Pense numa criança inquieta e sempre de olho no meio ambiente. Uma verdadeira Fiscal Ambiental, onde as atitudes erradas de familiares, conhecidos e desconhecidos com a natureza não passavam batidas. Bom, essa era Bárbara, uma criança nascida e criada em Mossoró, Rio Grande do Norte.  As atitudes dessa pequena fiscal mexeram com a sua mãe que, com a sua sensibilidade materna, começou a regar a semente da consciência ambiental em sua filha.  Bárbara cresceu, aprendeu e desenvolveu um projeto sustentável para a Feira de Ciências com mais duas colegas de classe e um orientador. O projeto envolvia a reutilização da embalagem de cimento para produzir blocos de concreto. Foi o início de tudo, inclusive de sua percepção de que poderia fazer a diferença para o mundo e contribuir para as causas ambientais. O reconhecimento que teve foi fator primordial para não desistir. Seu projeto ganhou prêmios na maior feir